Transtorno Afetivo Bipolar - euforia e depressão

O Transtorno Afetivo Bipolar - antigamente chamado de Psicose Maníaco-Depressiva - é uma doença mental caracterizada pela alternância entre estados de extrema tristeza (Depressão) com estados de intensa alegria e agitação (euforia/ mania).

Nas fases de Depressão, o paciente sente desânimo, perda de interesse pela vida, apatia, falta de prazer, vontade de chorar, culpa excessiva, prostração, dificuldade de concentração, angústia, medo, insônia, entre outros.

Já na fase eufórica, o paciente se apresenta inquieto, falante, irritado, sem dormir e, em muitos casos, com delírios de grandeza. É muito comum o portador de TAB fazer gastos excessivos e se endividar. A autoestima e a autoconfiança ficam elevadas, causando sérios prejuízos para o indivíduo.

As causas são desconhecidas, mas notamos uma forte determinação hereditária.

O Transtorno Bipolar não tem cura, mas sim controle através do uso de medicamentos denominados estabilizadores de humor. Os medicamentos podem causar uma série de efeitos colaterais indesejáveis, porém seu uso é indispensável na prevenção de recaídas, sendo que o mais utilizado é o Carbonato de Lítio.

De acordo com o DSM.IV e o CID-10, (manuais internacionais de classificação diagnóstica), o transtorno bipolar pode ser classificado nos seguintes tipos:

1) Transtorno bipolar Tipo I
O portador do distúrbio apresenta períodos de mania, que duram, no mínimo, sete dias, e fases de humor deprimido, que se estendem de duas semanas a vários meses. Tanto na mania quanto na depressão, os sintomas são intensos e provocam profundas mudanças comportamentais e de conduta, que podem comprometer não só os relacionamentos familiares, afetivos e sociais, como também o desempenho profissional, a posição econômica e a segurança do paciente e das pessoas que com ele convivem. O quadro pode ser grave a ponto de exigir internação hospitalar por causa do risco aumentado de suicídios e da incidência de complicações psiquiátricas.

2) Transtorno bipolar Tipo II
Há uma alternância entre os episódios de depressão e os de hipomania (estado mais leve de euforia, excitação, otimismo e, às vezes, de agressividade), sem prejuízo maior para o comportamento e as atividades do portador.

3) Transtorno bipolar não especificado ou misto
Os sintomas sugerem o diagnóstico de transtorno bipolar, mas não são suficientes nem em número nem no tempo de duração para classificar a doença em um dos dois tipos anteriores.

4) Transtorno ciclotímico
É o quadro mais leve do transtorno bipolar, marcado por oscilações crônicas do humor, que podem ocorrer até no mesmo dia. O paciente alterna sintomas de hipomania e de depressão leve que, muitas vezes, são entendidos como próprios de um temperamento instável ou irresponsável.

Leitura complementar: http://drauziovarella.com.br/letras/t/transtorno-bipolar-2/